O governo Lula publicou, nesta segunda-feira (2), a medida provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis. A medida vale até o dia 28 de fevereiro.
O texto beneficia gasolina, diesel, gás natural veicular, gás liquefeito de petróleo, querosene avião e biodiesel. A MP foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro, depois da posse.
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia zerado os impostos federais sobre os combustíveis, mas somente até 31 de dezembro de 2022. Para que a medida continuasse em vigor neste ano, era necessária a edição de uma nova MP.
A desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis custaria R$ 52 bilhões neste ano. O impacto do corte de tributos temporário não foi informado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apenas disse que “problemas jurídicos têm de ser analisados”.
“Temos problemas jurídicos pra analisar. Tem algumas dúvidas sobre a anterioridade sobre a questão da noventena que você vai perder de arrecadação. Estamos vendo com a área jurídica quando os tributos”, argumentou o ministro recém-empossado.
“Se vocês resgatarem a minha fala, a minha fala foi para que o governo Bolsonaro se abstivesse de qualquer medida fiscal que onerasse os cofres públicos em 2023. Depois que pedi isso, eles tomaram quatro medidas: desoneração de querosene, preço de transferência das multinacionais, IOF e Pis/Cofins”, explicou Haddad.
Haddad, em conversa com jornalistas na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) , ainda considerou que o que ficou acertado, era que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que definiria o tema após posse do presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates.
Leia mais na matéria de Deborah Hana Cardoso e Mariana Costa no Metropoles
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Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil