Chefe da CPI da covid recebe investigações da PGR contra governadores

Documentos encaminhados ao senador Omar Aziz dão conta do andamento das investigações contra cinco governadores, entre eles o do Amazonas

CPI covid Omar

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 17/05/2021 às 20:13 | Atualizado em: 19/05/2021 às 08:38

O que já foi investigado contra cinco governadores pelo Ministério Público Federal (MPF) já foi informado à CPI da covid (CPI da pandemia). Conforme a CNN, documentos foram encaminhados pelo procurador-geral da República (PGR) ao presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Essas informações, portanto, são sobre as investigações em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra cinco governadores.

Os governadores citados são: do Amazonas, Wilson Lima (PSC); da Bahia, Rui Costa (PT); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB), e de São Paulo, João Dória (PSDB).

Tais investigações envolvem supostos crimes cometidos na aplicação de recursos federais exclusivos contra o coronavírus (covid).

Dessa maneira, isso se tornou o segundo objetivo da criação da CPI. O primeiro, assim, é sobre a gestão do governo Bolsonaro.

Confira o que disse a PGR sobre os inquéritos de cada um dos governadores. A matéria é da CNN Brasil.

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Sob a sombra do HC

A CPI da covid já trabalha com a possibilidade de que dois dos três depoimentos desta semana estarão com habeas corpus preventivo.

São eles o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e sua secretária no ministério, Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”. Esta aguarda deferimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

O objetivo dos dois, portanto, é ficar em silêncio e de não produzir provas contra si ao depor na comissão. Contudo, poderão falar sobre atos de outros. Por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro.

Mayra, ferrenha seguidora de Bolsonaro na defesa da cloroquina, depõe na quarta (20). Pazuello é antes, nesta terça.

Além disso, a liminar do STF também garante que os depoentes não sejam presos por ordem da CPI.

Até às 21h desta segunda, véspera do depoimento, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo não havia pedido habeas corpus.

Ele, como resultado de sua gestão, vai se explicar sobre suposta falta de ação diplomática para a compra de vacinas e insumos contra a covid. Conforme requerido, Araújo também falará de ataques à China, o que pode ter dificultado a aquisição de vacinas.

Fonte: Agência Senado

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado