Deputado do Amazonas e G1 são vítimas de fake news na internet

A mensagem falsa atribui ao deputado José Ricardo (PT) uma frase inventada, que fala que "a supremacia racial é devidamente representada pela bola branca" em referência ao jogo de sinuca

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 09/12/2021 às 20:33 | Atualizado em: 10/12/2021 às 17:39

O deputado José Ricardo (PT) e o portal G1 aparecem numa postagem de conteúdo considerado falso. A postagem circula pelas redes sociais em forma de print.

O recorte circula como se fosse de uma reportagem do G1 com o título “Projeto de lei 4674/2021 de autoria do deputado José Ricardo PT-AM para proibir as partidas de sinuca por ser um jogo racista”. É # FAKE. A publicação é do G1.

A mensagem falsa atribui ao deputado uma frase inventada, que fala que “a supremacia racial é devidamente representada pela bola branca com o objetivo final de derrubar a bola preta, sendo que o número 8 faz alusão a uma algema, remetendo aos tempos de escravidão”. 

O G1 não publicou tal notícia. A imagem do print foi obtida por meio da manipulação do código-fonte da página, o que permite manter o logotipo e o padrão visual, mas alterar o título e o subtítulo.

Além disso, outro detalhe denota a falsidade: o título não segue o padrão adotado pelo G1 ao usar ponto final. 

A busca pelo número do projeto no site da Câmara dos Deputados também revela que não existe qualquer proposta similar em tramitação.

Deputado fala 

Por fim, o próprio deputado citado na mensagem falsa afirma em seu perfil verificado no Twitter que a publicação é falsa. Ele diz: “E começaram as fake news…Eles estão agindo de forma deliberada e ideológica, com absurdos e mentiras, mas sempre de maneira ignorante. Basta uma pesquisa no site da Câmara para conferir que este PL não existe.” 

A assessoria de José Ricardo (PT-AM) diz que, segundo o parlamentar, trata-se de mais uma fake news para tentar prejudicar o seu mandato. Ele reforça que ações criminosas como essas, consideradas crimes, devem ser coibidas e que acionará os responsáveis criminalmente.

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados