O governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve neste sábado (16) em São Carlos (SP) para entregar 197 viaturas para batalhões da Polícia Militar e discutiu com o deputado federal Major Olimpio (SD-SP).
A confusão começou durante o discurso do secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.
Um grupo com faixas e cartazes se aproximou da tenda onde estavam as autoridades e começou a protestar os salários dos servidores públicos estaduais, a morte de policiais e a falta de segurança nas escolas.
Nesta semana, um professor de educação física da cidade foi agredido por um aluno.
Com um microfone e uma caixa de som, o deputado federal fez acusações contra Filho e o governador e gritou “Cadê o salário da polícia, secretário?”.
Aliados de Alckmin, o deputado federal Lobbe Neto (PSDB), o deputado estadual Roberto Massafera (PSDB) e o prefeito de São Carlos, Airton Garcia (PSB), passaram a defendê-lo e, durante seu discurso, o governador revidou as acusações.
“Quero fazer uma pergunta para vocês. Alguém aqui ganha R$ 50 mil do povo de São Paulo? É ele que está gritando. Ele ganha R$ 50 mil, devia ter vergonha, vergonha de vir aqui, R$ 50 mil do povo de São Paulo. Tenha vergonha, deputado. Não pode olhar no rosto dos brasileiros de São Paulo, R$ 50 mil por mês. Vergonha!”, gritou Alckmin.
Reajuste será dado
Após o discurso, o governador conversou com jornalistas, mas não retomou o assunto, apenas afirmou que pretende dar o reajuste.
“Não tem ninguém mais interessado em dar aumento de salário, reajuste do que eu. Sou o maior interessado. É de justiça. Agora, todo mundo sabe da grande crise que o país passa. A arrecadação despencou, nós temos que agir com responsabilidade. Mesmo se você não dá reajuste a folha cresce 3% ao ano, mesmo sem reajuste. Então nós vamos dar o reajuste. A economia está começando a dar uma recuperação, agora, temos que agir com responsabilidade. Anteriormente, nós tivemos ganhos reais de salário, bem acima da inflação, então, abriu espaço orçamentário, nós vamos dar o reajuste. Mas não podemos fazê-lo neste momento”.
Major
Em sua página no Facebook, Major Olimpio (foto) comentou o episódio. “Enquanto não houver reposição salarial para os policiais e todos os servidores, e enquanto ele não respeitar o cidadão, Alckmin não terá sossego”, escreveu.
Fonte: G1
Fotos: Reprodução/EPTV