Governo espera que STF reverta decisão sobre orçamento secreto

Governistas apostam em placar apertado a favor do pagamento das emendas do relator

STF julga pela primeira vez dívida de partidos políticos

Publicado em: 08/11/2021 às 14:35 | Atualizado em: 08/11/2021 às 14:35

O fim de semana foi marcado por um clima de contrariedade entre integrantes do governo Jair Bolsonaro e aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O motivo: a decisão liminar da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento das emendas de relator – que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”.

Após serem surpreendidos na sexta-feira (5), articuladores políticos do governo esperam reverter no plenário virtual do Supremo a decisão liminar de Weber.

Levantamento preliminar feito pelo grupo indica uma Corte dividida, ou seja, um placar final apertado.

O tema será levado ao plenário virtual do Supremo entre terça (9) e quarta-feira (10), quando os demais ministros poderão confirmar ou derrubar a decisão de Rosa Weber.

Eles podem ainda pedir destaque do tema, o que levaria o julgamento para o plenário físico em data a ser definida.

No Supremo, alguns ministros já sinalizaram que manter a suspensão do pagamento das emendas representaria uma interferência do Judiciário nos poderes Executivo e Legislativo. Com base neste argumento, o Planalto espera uma mudança de posição em plenário.

Mesmo assim, há possibilidade concreta de o STF decidir por um “caminho do meio”, retomando o pagamento das emendas e impondo regras de transparência, da origem ao destino, para as emendas do chamado “RP9”.

Leia mais no blog do Camarotti no G1

Leia mais

Vice da Câmara diz que decisão de Rosa Weber amplia poder de Bolsonaro

Foto: José Cruz/Agência Brasil