Sentença de juiz diz que país vive “merdocracia neoliberal fascista”

Bolsonaro e seus ministros são duramente criticados por magistrado

20/01/2020 12:06

Em uma decisão judicial publicada no final da semana passada, o juiz do trabalho de São Paulo, Jerônimo Azambuja Neto, causou variadas reações ao desrespeitar o Código de Ética da Magistratura. Ele ignorou a recomendação de usar uma linguagem “polida, respeitosa e compreensível” e escreveu que o Brasil vive hoje uma “merdocracia neoliberal neofascista”.

Ao condenar restaurante paulista a indenizar funcionário por danos morais, Azambuja Neto disparou críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e ministros como Sérgio Moro (Justiça), Abraham Weintraub (Educação), Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos.

Ninguém do governo federal se manifestou sobre o caso até a manhã desta segunda, dia 20.

E não parou por aí. Criticou ainda o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, as consequências do caso Marielle e as reformas trabalhista e previdenciária do governo Bolsonaro.

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“Merdocracia vem a sintetizar o poder que se atribui aos seres humanos que fazem merdas e/ou perpetuam as merdas feitas. E tudo isso em nome de uma pauta que se convencionou chamar neoliberal, ou seja, libertinar a economia para que as merdas sejam feitas”, escreveu na sentença.

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