O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ironizou a nova posição do governo sobre os medicamentos do chamado “kit covid”. Mandetta disse que a pasta, agora “fala baixinho” que o “tratamento precoce” não é recomendado.
Na publicação nas redes sociais, o ex-chefe da Saúde comentou a demora para a decisão, e ainda cobrou ao CFM (Conselho Federal de Medicina) a tomar a mesma postura.
“Após um ano , sete meses e 536 mil mortes o Ministério da Saúde fala baixinho que ‘tratamento precoce’ não é recomendado. Demorou hein? Alô @Medicina_CFM agora só falta você! Ciencia!!! “, disse Henrique Mandetta.
A fala faz referência aos documentos enviados pelo Ministério da Saúde à CPI da covid nesta semana.
Neles, a pasta diz que os medicamentos que compõem o chamado “kit covid” e foram divulgados e amplamente defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “tratamento precoce” para a doença, são ineficazes contra o vírus.
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A pasta encaminhou à Comissão duas notas técnicas após um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).
O documento diz que “alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados”.
E que, por isso, não devem ser utilizados, “sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente”.
Diz, ainda, que a “a ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados”.
Além do presidente, estes medicamentos são defendidos por apoiadores do governo e chegaram a ser indicados pelo aplicativo TrateCov , do Ministério da Saúde.
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Foto: Reprodução/ TV Senado