O Ministério da Saúde suspendeu ontem (29) o contrato de compra da vacina indiana contra a covid-19 Covaxin. Conforme o ministro Marcelo Queiroga.
Isso ocorre depois que a importação do imunizante entrou na mira da CPI da covid por suspeitas de irregularidades.
Segundo a IstoÉ, Queiroga disse que o ministério tomou a decisão após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU).
A CGU também iniciou uma apuração sobre as suspeitas levantadas sobre o contrato.
“Por orientação da CGU, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais apropriadas sejam feitas”, disse.
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Contrato
O governo federal assinou em fevereiro um contrato de 1,6 bilhão de reais para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin.
O imunizante é desenvolvido pelo laboratório Bharat Biotech, mesmo sem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacina indiana.
Contudo, na semana passada, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, disseram ter relatado suspeitas de irregularidades no contrato com a Covaxin ao presidente Jair Bolsonaro, o que levou o presidente para o centro da CPI.
Dessa forma, com base nas afirmações dos irmãos Miranda, senadores pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira uma investigação de Bolsonaro.
Antes do anúncio da suspensão do contrato, o governo vinha defendendo a lisura da negociação.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil