Relator de inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar ameaças, calúnias e fake news (notícias falsas) contra a corte, o ministro Alexandre de Moraes manda que seja bloqueada tudo que é rede social de sete pessoas, entre elas um general do Exército.
A ordem do ministro foi para que a Polícia Federal realizasse hoje, dia 16, busca e apreensão de celular, tablet, computador e qualquer outro aparelho eletrônico que encontrasse pela frente no cumprimento desses mandados.
Moraes manda ainda que a polícia acesse de imediato os dados contidos nesses aparelhos e em seguida interrogue os envolvidos.
Um desses alvos, o general da reserva do Exército Paulo Chagas, ex-candidato a governador do Distrito Federal pelo PSL, o partido do presidente da República, teve sua casa visitada pela polícia.
A censura suprema
A ação de Moraes decorre da matéria publicada originalmente nos sites da Crusoé e O Antagonista, censurada pelo ministro em uma atitude reprovada no Brasil e fora dele, e também de mensagens postadas em redes sociais.
Se a intenção do ministro com a censura era que a sociedade não tomasse conhecimento que o presidente do STF foi citado pela Odebrecht em informações à operação Lava Jato, não adiantou. O assunto ganhou o mundo pelas redes sociais da internet.
E se não é mais possível acessar a reportagem por causa da censura imposta por Moraes aos sites, leia no BNC Amazonas o que foi publicado sobre o “Amigo do amigo do meu pai”.
“Não tenho nenhuma dúvida de que a Lava Jato é uma belíssima operação porque foi feita com uma estratégia de investigação. A parceria entre Polícia Federal e Ministério Público também fez com que ela tivesse uma efetividade muito grande. A Lava Jato é um símbolo de combate à corrupção”.
Frase de Alexandre de Moraes , em 2016, ao assumir o Ministério da Justiça do governo Temer (publicado no Yahoo )
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Sigilo vazado
A ordem de Moraes, que seria de caráter sigiloso, vazou para a imprensa. A revista Veja, em seu portal, publica uma parte do documento. Segundo o ministro, as sete pessoas investigadas (em São Paulo, Goiás e Distrito Federal) espalharam mensagens em redes sociais com “conteúdo de ódio e de subversão da ordem” contra o STF.
O ministro é o relator do inquérito aberto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, em 14 de março.
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Foto: Reprodução/site Crusoé