A P olícia Federal começou a desarticular, nesta terça (10), parte da quadrilha que vinha fraudando o auxílio emergencial no país. O grupo suspeito encontrado pela PF é composto de jovens com menos de 21 anos. Eles foram presos, nessa segunda-feira (9), no interior da Bahia.
Os jovens solicitaram o benefício pelo aplicativo da Caixa no nome deles e de mais outros 59 nomes, sem a prévia autorização.
Por meio de boletos, entretanto, eles transferiam o auxílio para suas próprias contas e chegaram a desviar R$ 33 mil entre maio e junho.
O valor total roubado, no entanto, pode ter sido maior, conforme a Polícia Federal, em publicação do Correio 24 Horas.
“Constatamos uma situação de continuidade de fraude com o FGTS emergencial, principalmente pelo líder do grupo”, disse a delegada Suzana Jacobina.
De acordo com ela, as investigações prosseguirão até descobrir se existem outros integrantes nessa quadrilha.
Os jovens presos não tinham antecedentes criminais. Entretanto, são maiores de idade e viviam com os pais no bairro CIA 1 de Simões Filho, na Bahia.
Um dos carros importados encontrado em residência investigada
Com eles, cinco veículos foram apreendidos (alguns importados), assim como também foi autorizada a quebra do sigilo bancário. Já as contas bancárias dos investigados serão bloqueadas.
Um outro carro também está com mandado de busca e apreensão aberto, mas não foi localizado pelos policiais. Os criminosos alegaram que o veículo foi vendido.
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“A família nega que tinha ciência da prática dos rapazes, mas o IP utilizado para criação das contas está no nome da mãe de um deles. Eles se declararam autônomos e chamou a nossa atenção o número de veículos com marcas importadas. Os pais conviviam com esse patrimônio do filho, que não é condizente como o que ele receberia como autônomo”, afirmou Jacobina.
Operação
A operação foi o resultado da Estratégia Integrada contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial, da qual participam diversos órgãos públicos. Entre eles, o Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania e Caixa Econômica Federal.
Também compunham a operação a Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União, além da própria PF.
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Fotos: divulgação/PF