O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal abriram investigação sobre o contrato de compra da vacina indiana Covaxin. A negociação foi intermediada pela empresa Precisa Medicamentos. Dessa forma, o negócio já é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19.
No âmbito do MPF, as diligências correm na Procuradoria da República no Distrito Federal, por determinação do procurador Paulo José Rocha Júnior, que atendeu pedido da procuradora Luciana Loureiro.
O que era uma apuração preliminar, agora é investigação criminal.
A Precisa intermediou a compra de 20 milhões de doses da Covaxin,que sairiam ao custo de R$ 1,6 bilhão. O contrato foi suspenso ontem pelo Ministério da Saúde. Para a procuradora Luciana, nada justifica as graves fraudes, se comprovadas, “a não ser atender a interesses divorciados do interesse público”.
Na Polícia Federal, foi aberto um inquérito para investigar as suspeitas de irregularidades. Serão analisadas a conduta do Ministério da Saúde, da Precisa e os contratos, preços e eventual pagamento de propina para beneficiar entes públicos e privados.
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Foto: Marcos Corrêa/PR