Senador diz que decisão da PGR sobre CPI da covid é ‘insulto’
Randolfe Rodrigues afirmou que vai recorrer da decisão da PGR de pedir ao STF o arquivamento das apurações contra Jair Bolsonaro

Publicado em: 25/07/2022 às 22:20 | Atualizado em: 25/07/2022 às 22:31
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da covid, afirmou hoje (25) que vai recorrer da decisão da PGR (Procuradoria-Geral da República) de pedir ao STF o arquivamento das apurações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), abertos após a entrega do relatório final da comissão.
As manifestações da Procuradoria foram assinadas pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo.
No entanto, Rodrigues disse que vai pedir ainda a intimação pessoal do procurador-geral da República, Augusto Aras, para explicar a decisão e, caso ele confirme o arquivamento, pedirá a abertura de inquérito por prevaricação de Aras e Lindôra.
No Twitter, o senador afirmou que a decisão da Procuradoria é “um insulto às quase 700 mil vítimas da covid-19 no país. Augusto Aras, com este ato, se torna cúmplice dos crimes cometidos e rebaixa a PGR à condição de cabo eleitoral de Bolsonaro”.
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Relatório
Os procedimentos a serem arquivados no Supremo apuravam supostos crimes de epidemia, prevaricação, infração de medida sanitária, charlatanismo e emprego irregular de verba pública.
No relatório final, além de Bolsonaro, a CPI pediu o indiciamento de outros 67 nomes, entre empresas e pessoas.
Mais cedo, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM), que foram relator e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, respectivamente, também criticaram a decisão de Aras.
No Twitter, Calheiros afirmou que a PGR “blinda” Bolsonaro às vésperas das eleições e “não surpreende ninguém”.
Já Aziz disse que o pedido da PGR é um “desrespeito à memória e às famílias” das vítimas da doença no país.
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado