Lira tem 24 horas do STF para explicar votaĂ§Ă£o da PEC dos precatĂ³rios
Bolsonaro conta com os recursos dos precatĂ³rios para tentar salvar sua popularidade a caminho de ano eleitoral

Publicado em: 06/11/2021 Ă s 13:56 | Atualizado em: 06/11/2021 Ă s 13:56
A ministra Rosa Weber, relatora no Supremo Tribunal Federal (STF) da aĂ§Ă£o que pede a anulaĂ§Ă£o da votaĂ§Ă£o da PEC dos precatĂ³rios, estabeleceu prazo de 24 horas para a CĂ¢mara dos Deputados prestar informações sobre a aprovaĂ§Ă£o do texto.
Um grupo de deputados entrou com uma aĂ§Ă£o no STF para contestar o rito adotado pelo presidente da CĂ¢mara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Em votaĂ§Ă£o em primeiro turno, proposta foi aprovada na Ăºltima quinta-feira (4) por 312 votos – quatro a mais que o necessĂ¡rio.
O governo Bolsonaro conta com os recursos autorizados pela PEC para viabilizar o pagamento do AuxĂlio Brasil de R$ 400. Esse programa Ă© o que substituiria o Bolsa-FamĂlia.
Como resultado principal da aprovaĂ§Ă£o da PEC, Bolsonaro fica desobrigado de pagar uma parte dos precatĂ³rios prevista para 2022. Dessa forma, libera recursos no orçamento da UniĂ£o para serem gastos com o AuxĂlio Brasil.
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Lira e o segundo turno
Lira afirmou na semana passada que a votaĂ§Ă£o do segundo turno da PEC dos precatĂ³rios serĂ¡Â na prĂ³xima terça-feira (9).
A proposta define o valor de despesas anuais com precatĂ³rios, corrige seus valores exclusivamente pela taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos.
Chamada de “PEC do calote” por parlamentares contrĂ¡rios, a medida autoriza o pagamento parcelado dos precatĂ³rios.
O presidente da CĂ¢mara descartou a possibilidade de derrota da matĂ©ria em virtude do placar apertado.
Na avaliaĂ§Ă£o de Lira, a votaĂ§Ă£o em segundo turno deve ter adesĂ£o de mais deputados.Â
“NĂ£o acredito em mudanças partidĂ¡rias bruscas porque todos os assuntos da PEC sĂ£o claros, sĂ£o evidentes. NĂ³s estamos tratando de um auxĂlio de R$ 400 para 20 milhões de famĂlias que estĂ£o abaixo da linha da pobreza. NĂ³s estamos falando de um parcelamento de dĂ©bitos previdenciĂ¡rios, de 60 para 240 meses, de municĂpios que fizeram a sua reforma da previdĂªncia. Estamos falando em um alargamento do espaço fiscal do governo para conseguir manter a sua mĂ¡quina pĂºblica funcionando”, afirmou Lira.
Foto: Alan Santos/PresidĂªncia da RepĂºblica