O começo da gestão do superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes Júnior, que assumiu em 18 de fevereiro , é marcado por forte retração na produção industrial do Amazonas em março e também no trimestre inicial do ano.
Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 15 estados mais a região Nordeste, divulgada nesta quarta, dia 8, o Amazonas é o quarto pior do país no desempenho da indústria em março, com queda de 10,8% na comparação com o mesmo mês de 2018.
Os setores de informática e produtos eletrônicos, como televisores, foram os que mais puxaram para baixo o resultado da indústria amazonense, segundo a Folha de S.Paulo.
Apenas os estados do Sul, na comparação com março de 2018, registraram alta, segundo o IBGE.
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É também acentuada a retração de janeiro a março, de 5,1%, o quarto pior resultado alcançado. Considerado apenas o intervalo de fevereiro para março, a produção industrial da ZFM caiu 0,5%.
Igualmente negativo é o índice do polo industrial do Amazonas no acumulado de 12 meses, com queda de 2,1% na produção.
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Capital desconfiado
Já a confiança do investidor permanece em ritmo lento: de acordo com sondagem realizada pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a confiança do empresário da indústria cresceu apenas 0,7 ponto em abril, na comparação com março, ritmo considerado “discreto”.
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Quem também está em baixa
A tendência de queda foi registrada pelo IBGE em nove dos 15 locais pesquisados sobre a evolução de fevereiro para março. Os recuos mais intensos ocorreram no Pará (11,3%) e na Bahia (10,1%).
Também tiveram queda na produção Mato Grosso (6,6%), Pernambuco (6%), Minas Gerais (2,2%), Ceará (1,7%), São Paulo (1,3%) e o Amazonas (0,5%).
A região Nordeste, única pesquisada de forma conjunta, teve redução de 7,5%.
Com isso, a produção nacional fechou com redução de 1,3%.
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Quem cresceu
Seis locais tiveram alta na produção: Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%), Goiás (2,3%), Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1%).
Na comparação com março do ano passado, 12 locais apresentaram queda, com destaque para Pará (12,5%) e Mato Grosso (12,3%). Dos três locais com alta, o melhor resultado foi obtido pelo Rio Grande do Sul (3,4%).
No acumulado do ano, dez locais tiveram queda na produção. A maior delas foi no Espírito Santo (8,5%). Dos cinco locais com alta, o principal crescimento deu-se no Paraná (7,8%).
Já no acumulado de 12 meses, foram nove locais em queda, com destaque para Goiás (4,1%) e seis com alta, sendo a maior no Pará (7,2%).
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(Texto organizado por Aguinaldo Rodrigues/BNC Amazonas , com informações da Agência Brasil)
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil