Tornozeleira aperta e Bolsonaro pede a Moraes para afrouxar

PGR vai dizer se aceita rever a prisão domiciliar por desrespeito a ordens judiciais.

Bolsonaro: 'flagrantes confissões da prática dos atos criminosos', diz Moraes

Publicado em: 06/08/2025 às 21:02 | Atualizado em: 06/08/2025 às 21:02

Bolsonaro quer mais liberdade. A defesa do ex-presidente recorreu nesta quarta-feira (6) para tentar derrubar a prisão domiciliar imposta por Alexandre de Moraes.

O recurso pede que o ministro reconsidere a decisão. Se não for atendido, os advogados querem que o plenário físico do Supremo Tribunal Federal (STF) analise o caso com urgência.

Eles alegam que Bolsonaro apenas “saudou o público” em vídeo gravado no ato de Copacabana e não cometeu crime. Para a defesa, “a prisão se traduz numa preocupante antecipação de pena”.

Os advogados dizem que Moraes desrespeita o direito penal ao ignorar o princípio da responsabilidade individual. Segundo eles, não há provas de que Bolsonaro instigou os atos.

“Se nem saudar o público ele pode, então está proibido de se manifestar, o que se traduz em censura”, afirmaram.

Moraes, no entanto, apontou reincidência e “conduta dissimulada” do ex-presidente. A decisão cita vídeos pré-gravados, ligações com parlamentares e uso de redes de aliados.

Entre os registros, está uma imagem divulgada por Flávio Bolsonaro durante protesto no Rio. Ele tentou apagar o post após a repercussão.

“O réu acha que ficará impune por ter poder político e econômico”, escreveu Moraes. “A Justiça é cega, mas não é tola.”

A Procuradoria-Geral da República vai opinar sobre o pedido. Depois disso, Moraes pode enviar o caso à Primeira Turma do STF.

Bolsonaro já é réu por tentativa de golpe. A PGR pede pena de até 44 anos por crimes como associação criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.

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Foto: divulgação