O jornalista José Casado, em sua coluna de O Globo desta terça, dia 5, tascou o título “Uma fraude amazônica” para denunciar que 3.348 empresas instaladas na área da Zona Franca de Manaus (ZFM) simulam negócios para obter lucro com os benefícios fiscais concedidos ao modelo de desenvolvimento da região Norte, na casa de R$ 20 bilhões/ano.
A nova investida da imprensa do sul do país contra o modelo chega cinco dias depois do presidente da República, Michel Temer (MDB), ferir de morte o polo de concentrados da Zona Franca de Manaus, por decreto .
Casado, que é natural do Espírito Santo , estado que tenta a todo custo implantar uma zona franca nos moldes da ZFM, vai mais além na acusação: a fraude no polo industrial de Manaus acontece há sete anos, com empresas que só existem no papel.
Segundo o colunista, mais de 82 mil empresas se beneficiaram de isenções fiscais incompatíveis com sua capacidade operacional.
Suframa sabe, diz O Globo
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é acusada de ter detectado a fraude, mas engavetado os relatórios de auditorias, assim como teria feito com milhares de notas fiscais que não foram conferidas nos últimos 11 anos.
Para o colunista, a ZFM representa um plano ultrapassado, com uma indústria que usa tecnologia obsoleta e fora de foco. E desdenha da sua existência futura, assegurada na Constituição federal.
Bancada do Amazonas pelo concentrado
E vê a reunião da bancada parlamentar do Amazonas com o governo federal, prevista para a tarde desta terça, dia 5, em Brasília, como súplica à “manutenção da bilionária dádiva fiscal à zona de Manaus”.
A representação do estado no Congresso tenta reverter os efeitos de um decreto que mina o polo de concentrados de guaraná e açaí usados na produção de bebidas, principalmente refrigerantes.
E fecha o artigo com outra denúncia que integra “a paisagem de fraudes na ZFM”: “67 grupos empresariais que há nove anos estão isentos de qualquer fiscalização. São supermercados, distribuidores de material de construção, pneus e veículos, entre outros, clientes do ‘Gulliver’”.
Leia o artigo completo em O Globo .
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