Conforme constatação de um estudo realizado pelo Mapbiomas que traz dados da perda de vegetação nativa entre 1985 e o ano passado, as Terras Indígenas (TI) do país estão entre as áreas mais conservadas do Brasil.
Segundo a pesquisa, nesse período, essas áreas perderam menos de 1% de sua área de vegetação, enquanto nas áreas privadas essa taxa foi de 17%.
Ainda conforme o estudo, as terras indígenas ocupam 13% do território brasileiro, e contêm 112 Mha (19%) da vegetação nativa do país.
Dentre as categorias fundiárias, esses espaços estão entre as áreas mais conservadas, com cerca de 1 Mha desmatados.
No período de 1985 a 2022 no Brasil, as áreas indígenas mantiveram mais de 99% de sua área de vegetação nativa intacta, contrastando com as áreas privadas onde a perda atingiu 17%.
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De acordo com Tasso Azevedo, coordenador do Mapbiomas, esses números mostram o papel fundamental das terras indígenas, na proteção dos recursos naturais e na prestação de serviços ecossistêmicos.
Dessa forma, especialmente quando consideramos que essas áreas frequentemente enfrentam pressões crescentes de garimpeiros e madeireiros.
A terra indígena ianomami, por exemplo, é alvo do garimpo ilegal de ouro desde a década de 1980.
“Mostra claramente que as terras indígenas são um bastião da proteção dos recursos naturais para todos nós e com todas as consequências que a gente tem, com serviços que são prestados por essas florestas”, declarou Azevedo.
Embora as terras indígenas sejam as terras públicas menos desmatadas historicamente, entre 2019 e 2021, justamente nos primeiros três anos do governo Jair Bolsonaro (PL), as ameaças se consolidaram de maneira expressiva nesses territórios.
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Foto: Ministério da Defesa