Além do juiz Vallisney Oliveira, mais três devem participar de sorteio da Justiça Federal para o destino de quatro processos envolvendo o ex-presidente da República Lula da Silva (PT). Essa providência decorre da decisão do ministro-relator da operação Lava Jato no STF, Edson Fachin, neste dia 8.
Concorrem com Oliveira e Marcus Vinícius Bastos, titulares da 10ª e 12ª varas, respectivamente, seus substitutos Ricardo Leite e Pollyanna Kelly Medeiros. Todos servem na Justiça Federal do Distrito Federal.
Dos quatro, o amazonense Oliveira é considerado por criminalistas como o mais “linha dura”.
Por exemplo, citam a condenação da mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima a dez anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Oliveira julgou o processo que apurou a origem dos R$ 51 milhões encontrados em malas de dinheiro, em 2017.
Além disso, ele é também o juiz responsável pela operação Zelotes. Nela, Lula é réu pelo indício de irregularidades na compra de 36 aviões caças durante seu governo.
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Juiz anulou provas
Enquanto isso, Bastos é lembrado por ser um juiz que já anulou provas da Lava Jato, recentemente. Foi na operação Carbonara Chimica, a 63ª fase da Lava Jato. Nela, havia suspeita de propina aos ex-ministros da Fazenda Antônio Palocci (governo Lula) e Guido Mantega (governos Lula e Dilma).
E a justificativa dele para anular as provas é que o juiz que determinou a operação era incompetente para tal.
Assim sendo, Bastos pode repetir esse entendimento nos casos de Lula e anular tudo que foi feito até aqui por Moro. “Pode anular as buscas e apreensões, por exemplo”, disse ao Estadão o advogado Celso Vilardi.
Ademais, o titular da 12ª vara foi quem absolveu o ex-presidente da República Michel Temer (MDB). Foi no caso da gravação de conversa pelo empresário Joesley Batista, em 2017.
Os demais juízes, Leite e Pollyanna, também têm atuação destacada à frente de processos espinhosos. Por exemplo, o decorrente da operação Spoofing, sobre os hackers de mensagens de autoridades. Entre elas, Moro e o chefe da força-tarefa do MP na Lava Jato, Deltan Dallagnol.
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Foto: Divulgação