O vice-presidente da Câmara , deputado Marcelo Ramos (PL-AM), fez apelo para que o projeto de lei que regula o mercado de carbono, ganhe regime de urgência na apreciação no plenário da Câmara.
Batizado “Floresta em pé – a maior fonte de riqueza”, o pedido do parlamentar foi feito durante o encontro virtual, em que esteve a frente.
O evento foi realizado no dia da Terra e da reunião da Cúpula do Clima, presidida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Ramos apresentou em debate a discussão de duas ações no âmbito do legislativo federal. As propostas visam frear o desmatamento e as mudanças climáticas.
“Em 2019, segundo o Banco Mundial, muitos países arrecadaram 45 bilhões de dólares no mercado de crédito de carbono para redução de emissões. Esse mercado é objeto do meu projeto de lei que, ao regulamentar a atividade no Brasil, pode significar geração de riqueza, combate à pobreza e conservação da floresta amazônica”, declarou o deputado.
Uma das participantes da live, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva parabenizou Ramos por promover o debate em um dia tão simbólico.
Além disso, a ex-ministro do Meio Ambiente aproveitou para comentar as promessas do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima.
“O presidente se limitou a apresentar indicadores ambientais de governos anteriores, alguns da minha gestão, e apontou compromissos que carecem de credibilidade”.
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Novo encontro
Um novo encontro remoto foi proposto pelo Superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana. Dessa vez deve envolver várias entidades do Amazonas.
“A fórmula para uma política de carbono neutro passa, entre outras medidas, pela definição de um marco legal para o mercado de carbono, que o projeto de lei 528 contempla, e que trará segurança jurídica aos investimentos”, disse Viana ao defender a aprovação do projeto de lei de Ramos.
Também participaram da live o diretor de Políticas Públicas da entidade SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, o especialista em políticas na área climática, Tiago Ricci, e o presidente da frente ambientalista do Congresso, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP).
Foto: Divulgação