O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta segunda-feira (19), que a PEC do voto impresso auditável não será aprovada pela Câmara e sugeriu que, no sistema atual, pode não participar das eleições do ano que vem.
“Eu não acredito mais que passe na Câmara o voto impresso, tá? A gente faz o possível. Vamos ver como é que fica aí”, disse Bolsonaro na noite desta segunda, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. A declaração foi transmitida por um site bolsonarista .
Em seguida, veio a dúvida se participará ou não das eleições de 2022: “Entrego a faixa pra qualquer um se eu disputar a eleição….mas participar da eleição com essa urna que ta aí…”.
Bolsonaro defende a adoção de um sistema de voto auditável nas eleições de 2022, sob o argumento de que as urnas eletrônicas seriam passíveis de fraude.
Leia mais
Hacker preso é suspeito de invadir o Senado, o Exército e o TSE
Hacker preso por divulgação de dados foi denunciado por invasão a sistemas do Senado Federal
A bandeira levantada pelo chefe do Executivo é rechaçada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e por diversos líderes partidários.
De acordo com críticos, o discurso bolsonarista de que as urnas não seriam seguras pode abrir brecha para que Bolsonaro conteste o resultado das eleições, caso não seja reeleito.
Hacker fala
De acordo com o site Surgiu, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) divulgou, na última sexta-feira (16), um vídeo onde consta relatos do hacker Marcos Roberto Correia da Silva, de 24 anos, preso em Uberlândia ainda neste ano, suspeito do maior vazamento de dados do Brasil. O vídeo está no referido site.
Da Silva conta que seria fácil e simples fraudar os dados das eleições por meio do sistema eletrônico realizado pelo TSE, por meio das urnas eletrônicas.
Proposta na Câmara
Tramita na Câmara dos Deputados uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que estabelece a impressão em papel do comprovante do voto eletrônico. O texto enfrenta resistência numa comissão especial na Câmara.
Relator da PEC, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) pediu mais tempo para reformular seu parecer e, supostamente, contemplar sugestões de deputados contrários a seu relatório. Esse tempo será a partir de agosto, pois o Congresso Nacional está em recesso parlamentar.
Com informações do Yahoo , G1 e Surgiu
Foto: reprodução de TV