Com foco nas populações mais vulneráveis, o governo Lula da Silva (PT), a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal lançaram um novo fundo, com prioridade de fomentar alternativas econômicas e sustentáveis na região.
Trata-se do Fundo Brasil-ONU, que será financiado pelos seus integrantes e organizações não governamentais (ongs) credenciadas.
O fundo foi lançado no início deste mês, em Santarém (PA), onde esteve presente a vice-secretária-geral da ONU, Amina J. Mohammed.
O evento contou com a presença dos governadores Wilson Lima (Amazonas), Clécio Luís (Amapá), Gladson Cameli (Acre), Helder Barbalho (Pará) Marcos Rocha (Rondônia) e Antônio Denarium (Roraima).
Além deles, esteve presente o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e representantes de agências especializadas, fundos e programas das Nações Unidas.
A ONU alertou que a Amazônia é fonte de esperança para todo o mundo, haja vista que a humanidade enfrenta a tríplice crise ambiental: mudança do clima, poluição do ar e perda de biodiversidade.
No entanto, a região que concentra a maior biodiversidade do planeta também apresenta alguns dos piores indicadores de desenvolvimento humano do Brasil.
“Por isso, o foco nos 29 milhões de pessoas que vivem na região é a diretriz fundamental do Fundo Brasil-ONU e da parceria do Sistema das Nações Unidas com o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e com o governo brasileiro”, afirmou a entidade.
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Consequências a corrigir
O governador Helder Barbalho, presidente do consórcio, diz que a região já se encontra inserida no debate global.
“A convocação global chega para a Amazônia para debater os desafios ambientais, mas também para nos ouvir, para conhecer as realidades sociais, os desafios da construção de um modelo de desenvolvimento sustentável que possa ser inclusivo”.
Amina Mohammed disse que os habitantes da região amazônica merecem viver uma vida digna.
“Sabemos dos muitos desafios para que isso aconteça, só que esses desafios não são resultados das ações de quem mora na Amazônia. Na verdade, homens e mulheres da Amazônia enfrentam as consequências do que as pessoas ao redor do mundo fizeram em nome do desenvolvimento. Isso não é justo, e precisa ser corrigido”.
Foto: Ricardo Stuckert/PR