Campelo leva comissão da ALE às ruas na conscientização do autismo

Publicado em: 02/04/2019 às 19:53 | Atualizado em: 02/04/2019 às 20:08
Sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a importância de cuidar das pessoas e dos direitos do portador de autismo foram os objetivos da Comissão de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) nas comemorações do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, nesta terça-feira, dia 2.
Desde às 7h deste dia especial os organizadores do evento e entidades como a Associação Superando Limites já realizavam panfletagem na região do estádio Arena da Amazônia, na zona centro-oeste de Manaus.
Motoristas, passageiros de ônibus e táxis e pedestres, todos foram abordados para receber informações sobre o transtorno do autismo e a cartilha de conscientização.
Em ação conjunta com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (Seped), do Governo do Estado, à tarde a comissão da ALE fez panfletagem na rua Salvador, bairro de Adrianópolis, zona centro-sul da capital.
Campelo destaca pesquisas
O presidente da comissão da ALE, deputado Álvaro Campelo, reforçou em plenário a importância da data. Segundo ele, uma pesquisa feita pela cientista Stephanie Seneff, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, atestou que até 2025 metade dos bebês nascerão com o espectro autista.
Para o parlamentar, os dados da pesquisa precisam ser encarados com mais seriedade e responsabilidade.
“É algo que nos alarma e assusta, precisando de uma postura efetiva por parte dos grandes pesquisadores e do governo federal de constatar se isso realmente é uma verdade absoluta. Em sendo, deve-se banir essa substância (glifosato) que está presente em nossa alimentação e tem causado mal à sociedade no mundo inteiro”, disse Campelo.
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Adaptação das escolas
Destacou ainda o deputado pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrando crescimento de 37% de crianças autistas nas escolas.
Campelo defendeu que as escolas tenham acessibilidade necessária para o desenvolvimento do autista, que não tem cura.
“Medidas precisam ser implantadas para que essas escolas possam dar o suporte necessário a pessoas com transtorno do espectro autista. Não basta apenas colocar essas crianças em sala de aula, é necessário que essa inclusão, possa envolver adaptações dos conteúdos e na formação correta desses professores”, afirmou.
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Números mundiais
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que haja no mundo cerca de 70 milhões de pessoas com transtornos do autismo e por isso instituiu, em 2008, o Dia Mundial de Conscientização. No Brasil, são 2 milhões que sofrem com algum ponto desse espectro, segundo divulgou a comissão da ALE.
Foto: Divulgação/Assessoria do deputado