O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), participou, nesta quarta-feira (4), da posse do governador do Pará, Helder Barbalho, como presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (Cal), em Brasília.
Helder Barbalho foi eleito, em meados de dezembro, para ficar à frente do consórcio durante o ano de 2023. Ele assume no lugar do ex-governador do Amapá, Waldez Góes, agora ministro da Integração Regional
O consórcio reúne os nove estados amazônicos: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A missão da instituição é acelerar o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e ser referência global em articulação, estratégia e governança para transformar a Amazônia Legal em uma região competitiva, integrada e sustentável, até 2030.
A solenidade contou com as presenças de governadores da região e do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e ex-governador do Amapá. Asso, como o ministro das Cidades, Jáder Filho.
Vitrine amazônica
Segundo o governador Wilson Lima, hoje, todas as discussões em torno das questões ambientais passam pelo Consórcio da Amazônia e a prova disso é a quantidade de representantes das embaixadas, de organismos internacionais que foram e continuarão sendo parceiros nessa nova etapa do Cal.
“Esse é um espaço em que a gente discute a questão do desenvolvimento regional, naturalmente, entendendo às questões ambientais, que é uma prioridade na Amazônia como um todo, mas sobretudo do desenvolvimento que promova condições básicas de sobrevivência para nossa população, e disso não podemos abrir mão”, destacou Wilson Lima.
Serviços ambientais
O governador do Amazonas lembrou que, no ano passado, o governo do estado regulamentou a lei de serviços ambientais, o que foi fundamental para que, esse ano, pudesse estabelecer as cotas de crédito de carbono.
“Dessa forma, o consórcio é um grande fórum, um grande espaço e uma boa vitrine para a gente colocar esses créditos à disposição e fazer com isso seja em algum momento revestido em forma de benefício para a nossa população”, ressaltou.
Assim, o governador amazonense desejou sucesso ao novo gestor do consórcio e pôs o Amazonas à disposição para colaborar no que for possível.
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(Da dir p/ esq) Os governadores do Amazonas e Pará, Wilson Lima e Helder Barbalho, respectivamente, e Waldez Góes, novo ministro da Integração Nacional
Preservação da Amazônia
Ao tomar posse, o governador Helder Barbalho destacou que irá buscar fortalecer a bioeconomia como ferramenta estratégica para preservação da Amazônia e geração de empregos e desenvolvimento sustentável na região.
De tal modo que o Consórcio Amazônia Legal, segundo ele, tornou-se ponto de referência de interlocução regional.
Disse também que vai atuar pela união e o fortalecimento entre os estados amazônicos, valorizando pautas comuns e estratégicas.
“Além do mais, o objetivo é alavancar cada vez mais a nossa região para o protagonismo na compatibilidade e conciliação do desenvolvimento sustentável com o social”, ressaltou.
COP no Brasil
Durante a posse, Helder Barbalho mencionou que o primeiro compromisso de sua agenda, como novo presidente do Consórcio Amazônia Legal, é um encontro com o ministro das Relações Exteriores, chanceler Mauro Vieira.
Dessa forma, a reunião é para reafirmar o compromisso do Consórcio Amazônia Legal em sediar uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP). “Por isso, estarei com o ministro para formalizar o desejo de que a Amazônia possa sediar a COP30 em 2025”, informou.
Conquistas
Helder Barbalho também destacou ainda a conquista do Consórcio nos últimos anos, principalmente na COP27. Ele afirmou que a Amazônia Legal atingiu um patamar histórico, cuja manutenção e ampliação precisa ser preservadas.
“Em suma, vamos, cada vez mais, provocar o mundo para discutir a Amazônia a partir da ótica dos brasileiros e dos amazônidas. Particularmente, poder provocar as Nações Unidas a trazer o maior evento do mundo de discussão sobre o clima, que é a COP, para discutir in loco o conhecimento nossa realidade com riquezas, biomas e também nossos desafios sociais, e com isso construir um futuro que concilie pessoas e floresta”, enfatizou.
Fotos: Diego Peres/Secom