Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) lançaram na terça-feira (30/4) uma plataforma inovadora que visa prever o risco de desmatamento na Amazônia Legal.
Desenvolvida em parceria com o Banco Mundial, essa ferramenta tem o potencial de guiar políticas eficazes de proteção florestal na região.
A plataforma oferece uma visão abrangente de diferentes cenários, baseados em fatores econômicos e decisões governamentais, permitindo uma análise do potencial de desmatamento para os anos de 2023, 2024 e 2025. Utilizando dados desde 1999 até 2022, os pesquisadores conseguiram fazer projeções que fornecem insights valiosos sobre o futuro da Amazônia.
Uma nota técnica detalha que, considerando apenas o histórico de desmatamento sem levar em conta outros fatores, há uma previsão de aumento de até 35% no desmatamento.
No entanto, ao incorporar variáveis macroeconômicas, como os preços das commodities e as taxas de câmbio, a perspectiva muda.
O economista sênior do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, explica que o modelo desenvolvido pelos pesquisadores do Ipam vai além do simples histórico, incorporando indicadores econômicos futuros para avaliar a pressão econômica sobre a floresta.
Rafaella Silvestrini, coautora do estudo, destaca o recrudescimento do desmatamento em certas regiões, como o sul do Amazonas e a região Amacro. Ela observa um aumento preocupante desde 2017 e 2018 nessas áreas.
Fleischhaker aponta que uma possível solução para promover o crescimento econômico sem desproteger a floresta é aproveitar terras atualmente subutilizadas ou improdutivas.
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Ele destaca a importância de entender que as ações econômicas distantes da floresta ainda têm impacto direto sobre ela.
Essa nova plataforma oferece uma visão abrangente e baseada em dados para enfrentar os desafios do desmatamento na Amazônia Legal, oferecendo um caminho para uma gestão mais sustentável e eficaz.
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