Empresários e madeireiros estão usando da pressão para conquistar votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso vem ocorrendo em comunidades da Amazônia.
Por exemplo, dia 8 de outubro, ocorreu uma reunião com cerca de cem pessoas, ocorreu no Parque de Exposição de São Francisco do Guaporé (RO). Conforme o Uol.
De acordo com a reportagem de Carlos Madeiro, sobre a mesa principal, uma bandeira do Brasil dava o tom do cenário.
“Essas cores mostram que o patriotismo voltou”, disse um dos fazendeiros que fez uso da palavra.
Dessa forma, os empresários e fazendeiros usam como tática o medo de moradores e agricultores locais perderem suas terras para os indígenas em caso da derrota de Bolsonaro.
Nesse sentido, os últimos dias, um vídeo com um minuto de duração começou a circular no WhatsApp dos moradores locais, que diz:
“Você sabia que a maioria de vocês estão [sic] dentro dessa área que é de interesse da Funai que a esquerda promete virar reserva indígena”, afirma.
Além disso, em outro trecho, ameaça ao dizer que não serão apenas aqueles que têm terras no território reivindicado que perderão suas propriedades. “Você paga para ver?”
Assim, a área apontada é o Vale do Guaporé, que abrange os municípios de São Miguel, Seringueiras, São Francisco e Costa Marques.
Nessa área, existem há mais de duas décadas três povos indígenas lutam pela demarcação de seus territórios.
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Como resultado, o vídeo tenta atingir diretamente quem vive na comunidade de Porto Murtinho, no município de São Francisco do Guaporé.
Então, um indígena da região afirmou à coluna que muitos deles passaram a sofrer ameaças.
“Depois que ele começou a circular, os indígenas começaram a sofrer intimidações, já que o mapa apresentado se refere a territórios reivindicados pelos povos Migueleno e Puruborá”, conta.
Portanto, diante do medo, os indígenas fizeram uma denúncia ao MPF (Ministério Público Federal) de Ji-Paraná, para que a campanha feita com ameaças seja investigada.
Ainda segundo a publicação do Uol, outra indígena explicou que a reunião do último dia 8 foi mais uma forma de pressionar. Assim como
pôr medo aos moradores após uma eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Foto: Reprodução