Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que as queimadas na Amazônia explodiram nos últimos sete dias. Como resultado, contabilizou-se 13.174 focos, o que dá uma média de 1.882 ao dia.
Até então, as piores médias diárias registradas pelo Inpe no atual governo foram em agosto de 2019 (média de 996/dia) e setembro de 2020 (média de 1.067/dia).
Dessa forma, fizeram o bioma viver sua maior média diária de focos de calor sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). Como informa o Uol.
A reportagem de Carlos Madeiro diz que “Amazônia tem recorde de queimadas em 24 h e supera o ‘Dia do Fogo’ de 2019”.
Na segunda, por exemplo, registrou-se um recorde de queimadas: 3.358 focos de incêndio, o maior número para o mês em pelo menos cinco anos.
“Foi o pior dia de agosto desde ao menos 2017. Deve ter sido de antes até, mas não tenho os dados anteriores”, diz Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam e coordenadora do MapBiomas Fogo.
Exorbitante
Para dar uma ideia da quantidade exorbitante de focos, o número é maior que o total registrado no mês de junho deste ano.
Na ocasião, foram 2.562 focos captados por satélite pelo Inpe.
“Estamos chegando perto da metade da estação de fogo na Amazônia e já estamos registrando mais de 3.000 focos em um só dia. Esse número é maior do que aconteceu no ‘Dia do Fogo’, indicando que as previsões sobre aumento do fogo em anos de eleição começam a se concretizar”, diz Ane.
No que ficou conhecido como ‘Dia do Fogo’, entre os dias 10 e 11 de agosto de 2019, desmatadores decidiram, de forma coordenada, atear fogo às margens da BR-163, no Pará, com foco em Novo Progresso.
Portanto, agosto e setembro são os meses que, historicamente, mais têm queimadas na Amazônia, coincidindo com o período de menos chuvas na região.
Segundo o Inpe, nos últimos cinco dias, os municípios com mais focos registrados foram: Apuí (AM) – 357 Novo Progresso (PA) – 331 Altamira (PA) – 323 São Félix do Xingu (PA) – 261 Novo Aripuanã (AM) – 243.
Leia mais no Uol .
Leia mais
Foto: Reprodução/Twitter/Eliane Brum