Os portos dos municípios amazonenses de Beruri, Canutama, Itamarati, Guajará e Santa Isabel do Rio Negro serão reabertos em três meses. Os de Itacoatiara, Coari, Borba, Iranduba, Eirunepé e Novo Aripuanã, em seis meses.
Quantos aos portos de Barcelos e Lábrea, as obras estão em fase de licitação.
Isso foi o que afirmou hoje, dia 3, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
“Nosso compromisso com o povo do Amazonas é colocar os portos para funcionar o mais rápido possível”, disse Freitas.
O prazo maior, de até seis meses, é devido à necessidade de obras na área portuária, onde ficam armazéns e o espaço de outras atividades do porto.
Ao explicar ao ministro a importância de funcionamento dos portos para as áreas social e econômica dos municípios, o deputado federal Pablo Oliva (PSL-AM) cobrou que ele definisse um plano de ação e prazos para entrega das obras.
“Os municípios dependem desses portos para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias, além de muitas vezes ser o único acesso à localidade”, disse.
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Cobrança pela BR-319
Oliva também tratou da questão da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), neste momento fora dos planos do governo federal para a Amazônia.
Segundo o deputado, reservas e áreas de preservação ambientais são o empecilho para as obras. “Existem vários interesses que dificultam a pavimentação da rodovia. Porém, o povo do Amazonas não desistirá até que a obra seja finalmente concluída”, disse.
Essa foi a terceira vez que o ministro da Infraestrutura foi convidado a se manifestar sobre as obras de recuperação da estrada federal, abandonada há décadas.
A primeira foi em 23 de janeiro, por iniciativa do próprio deputado. Dias depois, no início de fevereiro, o ministro teve um encontro com deputados e senadores do Amazonas, Rondônia e Acre, quando disse que se interessaria pelas obras.
Hoje, Freitas novamente disse que vai percorrer todos os quase 900 quilômetros da BR-319 levando representantes de órgãos ambientais, que até hoje travam a concessão do licenciamento para as obras.
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Ministro fala de urgência
De acordo com ele, a BR-319 precisa de “senso de urgência”. “Temos que vencer a barreira do licenciamento ambiental e atender à necessidade dos povos da Amazônia”, afirmou.
Como se quisesse dar uma esperança de que a estrada pode ser incluída nos planos do governo, ele disse:
“Sou um apaixonado pelo Amazonas. Sou oficial do Exército há 17 anos, sendo que seis anos passei nos municípios de Santa Isabel, Tefé, Coari, Barcelos e São Gabriel da Cachoeira”.
Foto: Divulgação/assessoria do deputado