Oposicionista critica passar gestão de hospital a organização social

Enfermeiros

Mariane Veiga

Publicado em: 17/11/2019 às 16:09 | Atualizado em: 17/11/2019 às 16:09

O Hospital Universitário Francisca Mendes, zona norte de Manaus, deve ser administrado por uma organização social. Para o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), é a pior solução para a crise na saúde.

A medida proposta pelo governo do estado vai deixar 541 terceirizados desempregados a partir do dia 4 de dezembro, data em que o convênio será encerrado, segundo o parlamentar.

“Entendo que nós vivemos uma crise muito grave nessa área, que vem sendo empurrada com a barriga e não vem sendo enfrentada. É necessário que esses funcionários sejam absorvidos pelo Francisca Mendes no prazo de dois anos e que depois seja realizado um concurso público”, disse.

Segundo ele, essa foi uma sugestão que fez no início do ano que o governo se comprometeu em acatar.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv), a enfermeira Graciete Mozinho, a categoria ainda está há dois meses com os salários atrasados.

“Não é justo isso. Ninguém tem culpa dos erros do passado. Temos uma data para sair, no dia 4 de dezembro, e não sabemos como vai ficar a  nossa população. Estamos há dois meses sem receber o salário e o vale-transporte. O Francisca Mendes atende não só pessoas de Manaus, mas do interior. Isso nos prejudica e prejudica o paciente. Estamos aqui em busca de respostas. Se uma OS entrar ali, nem todos irão entrar”,  disse a enfermeira em cessão de tempo concedida pelo parlamentar.

Outro problema apontado pela Unisol, responsável pelo pagamento dos terceirizados, é que há três meses a fundação não é paga pelo estado, segundo Serafim.

Entre os argumentos utilizados está a falta de certidão negativa.

“Só que ao final, o governo do estado vai ter que pagar, porque senão, ao final, ele será um litisconsórcio passivo nas ações da Justiça do Trabalho. Há um sentimento de irritação dessas pessoas e com justa razão”, disse o parlamentar.

 

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Foto: Marcelo Araújo/Divulgação