O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quinta-feira (18/¢) um plano estratégico em parceria com o Ministério da Defesa para reforçar a presença das forças de segurança nas áreas florestais da Amazônia.
Durante uma reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dino apresentou o plano que visa ampliar a atuação territorial por meio da obtenção de recursos do Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, e do orçamento do próprio Ministério.
O objetivo do plano é destinar cerca de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia, juntamente com R$ 700 milhões do orçamento do Ministério da Justiça, para fortalecer a presença das forças de segurança na região. Serão multiplicadas as bases fluviais e terrestres, além do uso de helicópteros, drones, armamentos e aviões, com o intuito de enfrentar o crescente crime organizado na Amazônia. Para o ministro, é fundamental não apenas o monitoramento satelital, mas também a presença física das forças de segurança.
Flávio Dino ressaltou que a criminalidade na região amazônica não é apenas individual, mas é liderada por facções criminosas fortemente armadas.
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Ele citou o exemplo da dificuldade em concluir o processo de desintrusão de garimpeiros na Terra Indígena Ianomâmi, em Roraima, que resultou em confrontos armados recentes.
O ministro destacou a importância da inteligência e das ações de combate ao crime organizado na região.
Durante a entrevista, o ministro apresentou um balanço das ações recentes das forças de segurança do governo federal na Amazônia.
Foram cumpridos 129 mandados de busca e apreensão, realizadas 74 prisões, bloqueados R$ 183 milhões provenientes do crime e destruídos ou inutilizados 465 equipamentos.
Além disso, dados da empresa de satélites Planet, divulgados pela Polícia Federal (PF), mostram uma redução de 35,61% no desmatamento do corte raso em todos os estados da Amazônia Legal, comparando os meses de janeiro a abril de 2023 com o mesmo período do ano anterior.
Os alertas de mineração também diminuíram, passando de 13,8 mil em 2022 para 8,5 mil nos primeiros meses de 2023, e na Terra Indígena Ianomâmi, houve uma redução de 95% nos alertas de garimpo.
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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados