De acordo com a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Amazonas e em Roraima, Gabriela Menezes Zacareli, programas sociais de assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade são essenciais para combater o trabalho escravo.
Um estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) aponta que o trabalho escravo contemporâneo no Brasil concentra seu foco em zonas de desmatamento da Amazônia.
Na última década, mais de 19 mil pessoas foram resgatadas em situação de trabalho escravo no país.
Segundo o MPT, uma das razões para este ciclo se perpetuar é a pobreza extrema na região amazônica.
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De acordo com a Procuradoria Regional do Trabalho da 11ª Região, as peculiaridades do Amazonas (isolamento e grande distância entre municípios, reduzida malha rodoviária, restrito acesso à internet e a meios de comunicação em geral nos municípios distantes da capital) favorecem a subnotificação de casos de trabalho escravo, em razão das dificuldades enfrentadas pela população para a realização de denúncias.
Para Zacareli, os programas de assistência aumentam o patamar civilizatório de brasileiros marginalizados.
“Esses programas sociais são importantes justamente para que a pessoa não seja obrigada a se sujeitar a esse tipo de trabalho. Quando é em uma localidade muito pobre, e as pessoas começam a receber esse tipo de auxílio, elas acabam também aumentando a sua qualidade de vida”, argumenta.
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