US$ 1 bilhão de Biden vai bancar Força Nacional para defender Amazônia

O plano do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, será apresentado ao governo norte-americano na Cúpula dos Líderes sobre o Clima, encontro convocado pelo presidente dos EUA, Joe Biden

US$ 1 bilhão de Biden vai bancar Força Nacional para defender Amazônia

Diamantino Junior

Publicado em: 21/04/2021 às 21:47 | Atualizado em: 21/04/2021 às 21:48

O pedido do Brasil de US$ 1 bilhão aos Estados Unidos para combater o desmatamento na Amazônia prevê que parte dos recursos seja usada para bancar dez batalhões da Força Nacional durante um ano.

De acordo com a proposta a que a CNN teve acesso, o efetivo de 3.500 homens se somaria a 1.500 bombeiros e 3.300 brigadistas do Ibama e do ICMBio.

O plano do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, será apresentado ao governo norte-americano na Cúpula dos Líderes sobre o Clima, encontro convocado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

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 A CNN apurou que a proposta também prevê a contratação e treinamento de 10 mil homens para atuar como guardas-parques em unidades de conservação.

A ideia do governo brasileiro é que esses possíveis contratados sejam tirados das atividades ilegais e passem a atuar na fiscalização da floresta.

Ainda de acordo com a proposta, US$ 330 milhões seriam usados para fiscalização e controle.

O valor engloba o custo com pessoal, alimentação, hospedagem, além de viaturas e helicópteros.

O restante dos recursos seria aplicado ao que tem sido chamado de “pagamento por serviços ambientais”.

O plano de Salles prevê um incentivo econômico para que as pessoas deixem de atuar em atividades ilegais na Amazônia.

Segundo relatos feitos à CNN, Salles detalhou a proposta no encontro com um grupo de empresários nesta quarta-feira (21).

Como mostrou a analista de política Renata Agostini, na reunião, o ministro indicou que o governo vai antecipar o compromisso de redução do desmatamento ilegal para o ano que vem.

Em carta enviada ao presidente do Estados Unidos, Joe Biden, Jair Bolsonaro sinalizou 2030 como a meta do país para acabar com o desmatamento, uma oferta que vinha sendo considerada tímida pelos empresários.

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Foto: Divulgação