Neuton Corrêa , da redação
O advogado Bartolomeu de Azevedo Júnior reforçou neste fim de semana a praga que lançou contra seus colegas de Ordem, Marco Aurélio Choy, Yuri Dantas e Daniel Nogueira, no fim do segundo turno das eleições deste ano.
Bartolomeu fez isso na véspera do pleito, quando integrava a Corte do Tribunal Regional Eleitoral, em reação a uma ação de suspeição movida contra ele pela defesa do governador Amazonino Mendes, composta pelos três advogados.
Na ocasião, no dia 26 de outubro, em sessão de julgamento do tribunal, o então magistrado disse que ali não poderia se vingar porque seria “um cretino” e, em seguida, atirou a praga:
“Então, a única coisa que eu peço contra essas pessoas que fazem isso contra minha pessoa é que Deus leve, mas antes sofram bastante com câncer”.
A confusão chegou ao Conselho Federal da Ordem, em Brasília, colegiado do qual faz parte da Daniel Nogueira, que está com a esposa em tratamento de câncer.
Já há um processo , de ofício, de inidoneidade, instaurado por determinação do do presidente da primeira câmara do Conselho Federal da OAB, Felipe Cordeiro, em portaria do dia 4 deste mês.
Esse procedimento pode resultar na cassação da carteira de advogado de Bartolomeu Júnior.
O ex-integrante do TRE-AM, porém, disse em resposta enviada ao BNC AMAZONAS que a OAB não tem competência para expulsá-lo, porque agiu como magistrado e não como advogado.
“Ademais, agi como magistrado, não como advogado. OAB não tem competência para isso, e nem pode ser usada de forma política e oportunista, a OAB é maior que isso”, disse ele.
Bartolomeu acrescentou que o Tribunal Superior Eleitoral lhe deu razão, mantendo as minhas decisões que ensejaram o que chamou de “aquela sessão de horrores”.
E mostrou a recorrência de atos de advogados contra integrantes do TRE-AM:
“Muitos magistrados da propaganda já sofreram isso, a exemplo, Márcio Rys, Lidia, ketlen, Paulo Feitoza. Esse último não aguentou e renunciou, o que reforça a não pontualidade a minha pessoa”.
Na resposta ao site, Bartolomeu disse ainda que respeita a classe dos advogados e, na última linha, escreveu:
“Tenho fé na OAB e na Justiça, reforçando que desejo todo o mau a quem age contra a minha pessoa”.
Leia a resposta do ex-integrante do TRE-AM enviada ao BNC AMAZONAS:
“Não ofendi a honra de ninguém, nem vulnerei a prerrogativa de nenhum advogado.
Ademais, agi como magistrado, não como advogado. OAB não tem competência para isso, e nem pode ser usada de forma política e oportunista, a OAB é maior que isso.
Por fim, o tribunal superior eleitoral me deu razão, manteve as minhas decisões que ensejaram aquela sessão de horrores.
Muitos magistrados da propaganda já sofreram isso, a exemplo, Márcio Rys, Lidia, ketlen, Paulo Feitoza. Esse último não aguentou e renunciou, o que reforça a não pontualidade a minha pessoa.
Respeito a classe dos advogados de bem, íntegros e que se insurgem contra decisões, não contra quem as profere, conforme registrei publicamente em meu discurso de despedida da Corte.
Tenho fé na OAB e na Justiça, reforçando que desejo todo o mau a quem age contra a minha pessoa”.
Foto: BNC AMAZONAS