Bolsonaro é cobrado pela ampliação do auxílio aprovado no Congresso

Mais beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 e 1.200 foram aprovados pelo Congresso, mas presidente não sanciona projeto

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 11/05/2020 às 15:50 | Atualizado em: 11/05/2020 às 15:50

O presidente da República, Jair Bolsonaro, é cobrado pelo deputado José Ricardo (PT-AM) pela sanção do projeto de ampliação do auxílio emergencial.

Conforme o parlamentar, milhões de beneficiários foram incluídos no direito a R$ 600 e R$ 1.200 por causa do coronavírus (covid-19). Contudo, Bolsonaro demora a assinar o projeto (873) já aprovado no Congresso Nacional.

Pelo aprovado por senadores e deputados, o programa do auxílio ganha modificações nas regras e na caracterização da situação de vulnerabilidade social. Tal situação é para fins de direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Entre as alterações, Ricardo cita a que dá direito também ao homem chefe de família a receber R$ 1,2 mil. Outra mudança é a derrubada do impedimento de que idosos, pessoas com deficiência ou enfermidade grave recebam benefícios previdenciários e assistenciais.

Além disso, o Congresso derrubou o requisito de a pessoa não ter recebido rendimentos tributáveis acima do teto de R$ 28.559.70 em 2018,

“O auxílio aos trabalhadores informais, microempreendedores [MEI], autônomos e desempregados é para dar proteção emergencial contra a covid-19. No Amazonas, muitos aguardam esse benefício, mas ainda não foi sancionado pelo presidente Bolsonaro”.

 

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Nem aí

De acordo com o deputado, Bolsonaro não está nem um pouco preocupado com mais de 11 mil vidas perdidas. “Não defendendo o isolamento social e incentivando as pessoas a voltarem às suas atividades. Um irresponsável e responsável também por essas mortes”.

O petista fez lembrar ainda que o auxílio só foi a R$ 600 e R$ 1,2 mil por ação dos parlamentares de oposição. Isso porque, segundo ele, Bolsonaro queria apenas R$ 200.

 

 

Foto: Ana Volpe/Agência Senado