Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército, foi flagrado discutindo no zap do golpe (grupo no Whatsapp) contra o presidente Lula da Silva (PT) após as eleições 2022, trabalha em Manaus. E tem cargo.
Ele comanda a 3ª Companhia de Forças Especiais, localizada no território da armada, na Ponta Negra.
O oficial aparece em conversas e grupos de WhatsApp que discutem a tomada de poder para manter o ex-presidente Bolsonaro no cargo.
Hélio Ferreira Lima figura entre os militares da ativa relacionados pela Polícia Federal em conversas capturadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, que está preso.
No celular apreendido com Cid, a PF encontrou documentos com instruções para o golpe.
Um dia antes do ex-presidente fugir do Brasil, antes de concluir seu mandato, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, respondendo sobre uma carta assinada por militares, postou: “Ainda nem é possível avaliar o efeito de tudo isso na Força”.
Logo depois, diz:
O foda é que ficou gostosinho demais sermos só isso. Salário garantido, guerreiro com absoluta certeza de não guerrear, uma escapada ou outra ganhando bem por aí… ficou bom demais para querermos sair desse conforto. Não vai rolar mesmo .
Procurado, o militar não retornou os contatos.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República