Fachin abre mais 60 dias para PF investigar denúncia contra Eduardo Braga

Relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin autorizou a Polícia Federal a continuar investigando denúncia de propina ao senador Eduardo Braga. Esse processo é o que apura suposta compra de apoio de senadores do MDB para a campanha da petista Dilma Rousseff em 2014

Fachin DEFESA LULA BUSCANDO CANDIDATURA

Neuton Correa

Publicado em: 20/12/2019 às 14:12 | Atualizado em: 20/12/2019 às 14:26

O ministro relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou neste dia 19 a Procuradoria-Geral da República (PGR) a conceder mais 60 dias de prazo para investigações do processo em que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) é denunciado de receber R$ 6 milhões de propina das mãos do PT (Partido dos Trabalhadores).

Fachin acatou manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) de que ainda há diligências a serem realizadas no caso em apuração.

O ex-ministro Guido Mantega, que havia pedido arquivamento das acusações que lhe são imputadas nesse mesmo processo, vai ter de aguardar mais dois meses para ver sua pretensão analisada.

De acordo com o despacho de Fachin, essa dilatação de prazo não impede que outras providências sejam autorizadas sobre os investigados.

Ao final da investigação, a PGR pode decidir-se pela denúncia criminal dos investigados, entre os quais o senador do Amazonas.

 

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Braga teria usado a empresa Rico Táxi Aéreo, de Manaus, para lavar esse dinheiro em duas notas fiscais supostamente frias nas eleições de 2014, por serviços na campanha.

Esse dinheiro seria parte de mais de R$ 40 milhões usados para comprar o apoio de senadores emedebistas à reeleição da presidente da República em 2014, a petista Dilma Rousseff.

 

Foto: Lula Marques/Agência PT