O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), ao dar o aval para as forças de segurança na fiscalização do cumprimento do decreto com restrição a atividades econômicas não essenciais, disse que o foco é preservar a vida das pessoas. O estado registra neste momento alto número de infectados e aumento das mortes pelo coronavírus (covid-19).
Além disso, as medidas asseguram as condições de atendimento das vítimas na rede de saúde, afirmou.
“Nosso objetivo é didático. A nossa luta aqui é pela vida. Nós estamos trabalhando para salvar o máximo possível de vidas e garantir que nossa estrutura de saúde tenha condições de receber todos aqueles que foram acometidos pela covid-19”.
Conforme Wilson Lima, a rede privada já tem hospitais com colapso nos leitos de UTI. E a principal unidade pública, o hospital Delphina Aziz, a média de ocupação é acima de 90%, segundo o governador.
“Estamos ampliando os leitos e mesmo assim não estão sendo suficientes para se ter margem maior de segurança”.
Dessa forma, afirmou o governador, é preciso esse sacrifício da quarentena de 15 dias.
De acordo com ele, o governo já tinha esse plano de contingência pronto para eventual segunda onda do vírus.
“Eu sempre deixei muito claro que, se tivéssemos um aumento de casos e uma ocupação alta nas unidades hospitalares, nós tomaríamos a decisão de retroagir nas flexibilizações. E é essa atitude que nós estamos tomando para preservar a vida das pessoas”.
Assim sendo, o governo iniciou na noite de Natal a operação Pela Vida. O objetivo é agir com rigor para cumprir as restrições a atividades não essenciais até o dia 10 de janeiro.
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Rigor com infratores
O governador explicou que a operação não é para constranger e punir a população. Porém, os infratores das medidas, principalmente as festas clandestinas, vão sofrer o rigor da lei.
“O nosso pessoal estará sobretudo naquelas áreas de grande aglomeração, vamos orientar os comerciantes e atuar naquelas festas que estão acontecendo de forma clandestina e que não têm regras e protocolos de segurança”.
Em síntese, Wilson Lima reafirmou que o momento pede que “todos façam sacrifícios” para não colapsar a rede de saúde.
“Neste momento o que importa é a vida, isso não tem preço e disso nós não abrimos mão”.
Foto: Diego Peres/Secom