Cinquenta e quatro anos depois de ter sido criado, finalmente a cidade de Manaus assume o Distrito Industrial da Zona Franca como um território pertencente à capital amazonense.
Até então, o local compunha apenas a ilustração do discurso de que a área sedia a fonte da maior riqueza da economia da região.
Mas, de fato e até de direito, o distrito não passava de uma porção apartada da cidade, como uma concubina, que, escondida, serve a prazeres, mas que, exposta, é problema.
Pois, em mais de meio século, o Distrito Industrial de Manaus, que emprega cerca de 90 mil pessoas, não possuía, definidamente, um ente administrativo (União, Estado ou Município) para assumir o zelo que ele merece.
O jogo de empurra-empurra transformou o local num dos lugares mais abandonados da cidade, com ruas esburacadas, tomadas de mato e lixo.
Mas, a partir de hoje, ao que tudo indica, o município celebrará um casamento que há muito já deveria ter ocorrido.
Isso porque a Prefeitura de Manaus criou um Distrito de Limpeza, com 100 servidores contratados para cuidar das ruas que abrigam as fábricas do Polo Industrial de Manaus.
A estrutura começou a funcionar hoje.
O primeiro gestor será o secretário Sabá Reis, que promete transformar o local em sala de visita do Amazonas.
A ideia é deixar o distrito atrativo ao capital e, principalmente, aos próprios moradores da cidade, que, em mais de 50 anos, ainda não o veem como um ponto turístico da capital.
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