O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (8), em solenidade dos 200 anos da Independência, que a arma mais importante em uma democracia é o voto.
A sessão solene, realizada no Congresso, reuniu, além de Pacheco, autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, o ex-presidente José Sarney, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Convidado, o presidente Jair Bolsonaro, não compareceu. Com a sessão em andamento, ele ainda estava com apoiadores no Palácio da Alvorada. Bolsonaro tirou fotos, realizou transmissões nas redes sociais, e, depois, fez um passeio com crianças pelo jardim da residência oficial.
Pacheco foi a primeiro a discursar. Além de lembrar da importância do voto para uma democracia sólida, ele disse que o direito a escolher os representantes não deve ser exercido “em meio ao discurso de ódio” ou com violência.
“Lembro que daqui a menos de um mês os brasileiros e brasileiras vão às urnas praticar o exercício cívico de votar em seus representantes. E o amplo direito de voto – a arma mais importante de uma democracia – não pode ser exercido com desrespeito, em meio a discurso de ódio, com violência ou intolerância em face dos desiguais”, afirmou Pacheco.
Armas de fogo são um tema frequentemente mencionado por Bolsonaro. O presidente costuma apontar, como conquistas do seu governo, os decretos que flexibilizaram regras para compra, posse e porte de armas. Ele diz ainda, ao contrário do que afirmam especialistas em segurança pública, que uma população armada tem mais segurança.
Na semana passada, julgamento do plenário do TSE ratificou que armas não são permitidas dentro das seções eleitorais nem nas proximidades. O tribunal afirmou que contraria essa regra vai configurar crime eleitoral.
Lira, que discursou após Pacheco, também lembrou das eleições. Ele disse esperar que o “voto consciente” fortaleça a democracia e beneficiem a sociedade de forma “justa e equânime”.
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado