Neuton Corrêa , da redação
À vista do vazio de representantes que as regiões Norte e Nordeste terão na composição do governo Jair Bolsonaro (PSL), o atual ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva , faz nesta sexta-feira, dia 28, em Manaus, gestos que dizem muito da falta que fará um braço regional ao lado do presidente da República.
Rossieli virá ao Amazonas para entregar a nova estrutura do serviço de diálise do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).
Ele inaugurará também amanhã o Bloco Erasmo do Amaral Linhares, da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Não será apenas uma visita de médico. Será a oitava em oito meses em que esteve à frente de um dos ministérios mais importantes do poder central.
E também não foram viagens a passeio. Em cada uma delas, uma cesta recheada de benefícios para o estado, não por ser egresso do Amazonas, mas por conhecer as necessidades da região.
De abril para cá, por exemplo, o ministro Rossieli Soares, que a partir de terça-feira, dia 1o , comandará a Seduc do mais rico estado da federação, São Paulo, liberou para o Amazonas o que poucos por aqui sabem.
É só contar:
Destinou R$ 32 milhões para alunos de 49 escolas de tempo integral.
Repassou R$ 2,5 milhões para a retomada das obras da Casa do Estudante da Ufam, garantindo que o serviço fique pronto em 2019.
Repassou R$ 1,6 milhão para a reforma dos esquecidos prédios administrativos e dos auditórios da Faculdade de Educação da Ufam.
Repassou R$ 8,2 milhões para as obras da segunda fase do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).
Liberou R$ 140,8 milhões para a educação básica do interior do Amazonas.
Liberação de R$ 4,2 milhões para o campus do Ifam de Tefé.
Garantia de que os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel, no isolado alto rio Negro, garanhão 18 escolas de educação indígena.
Inauguração de ginásios poliesportivos nos Ifams em Maués e Parintins, no valor de R$ 7,4 milhões.
Contratação de 103 servidores para o HUGV.
E ainda colocou um professor amazonense na Secretaria da Diversidade do MEC, além de inaugurações que ocorreram mês a mês, nos últimos oito meses.
Além disso, escancarou as portas do MEC para que os prefeitos amazonenses conhecessem o quanto de benefícios estão à disposição das prefeituras e como elas podem recebê-los.
Essa interlocução da planície com o Planalto fará falta para o Norte, não necessariamente numa pasta específica, mas com todo o governo, em seu núcleo.
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