Aguinaldo Rodrigues , da Redação
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pode ser obrigado a reformar o sistema previdenciário do estado dentro da proposta do governo federal que está sendo avaliada pela comissão especial da previdência na Câmara dos Deputados.
Essa é a ideia que vem ganhando força na comissão presidida pelo deputado amazonense Marcelo Ramos (PR) como alternativa à proposta de excluir servidores estaduais do projeto do governo federal.
“Eu defendo que a reforma aprovada aqui [na comissão] dê um prazo de seis meses para os estados e municípios fazerem as suas reformas, sob pena de ficarem impedidos de receber verbas federais”, disse ao BNC Amazonas nesta quarta, dia 15.
Assim, o Governo do Amazonas e o de todos os demais estados ganhariam esse prazo para enviar às assembleias legislativas e aprovar um projeto que organize seus sistemas previdenciários.
Ramos vê essa opção como importante porque estados e municípios vivem realidades previdenciárias, etárias e salariais distintas.
“Portanto, o remédio não pode ser o mesmo para todos”, disse.
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Quem manda no voto? Paralelamente aos trabalhos da comissão de Marcelo Ramos, políticos debatem o poder de influência dos governadores no voto dos parlamentares das bancadas federais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se empenhado a convencer governadores a ajudar na aprovação da proposta.
A discussão se amplia a partir da orientação e ameaça de líderes de partidos de oposição ao governo, como PT e PSB, de punir deputados que votarem a favor da proposta de reforma previdenciária.
Prevalece neste momento que governadores têm menos força do que a direção dos partidos para indicar o rumo do voto dos parlamentares. Até pelo medo da punição que as legendas podem dar aos infiéis. A expulsão é a mais temida.
Essa questão estatutária em relação aos governadores, porém, parece não meter o mesmo medo. Tanto que no PT, que tem quatro deles na região Nordeste, dois deles, do Piauí e Ceará, tendem a fechar com a proposta do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
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Foto: BNC Amazonas