Ação que julga suspeição do ex-juiz Sérgio Moro volta à pauta do STF
O julgamento começou em 2018, quando Gilmar Mendes pediu mais tempo para análise. Na volta, Nunes Marques pediu vista, e agora devolve o processo

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 23/03/2021 às 10:30 | Atualizado em: 23/03/2021 às 10:58
O ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu na pauta do colegiado para a tarde desta terça-feira (23) a ação que discute se o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial nas condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro Nunes Marques, que havia pedido vista (mais tempo para analisar o processo), devolveu o caso para julgamento. O pedido para declarar a suspeição de Moro foi feito pela defesa de Lula.
O julgamento foi suspenso no último dia 9, com um empate de 2 votos a 2. Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia, que já votaram contra a suspeição de Moro, indicaram que devem fazer nova manifestação de voto.
Em tese, o voto de Nunes Marques seria o decisivo, mas até o encerramento do julgamento, ministros podem mudar de posição.
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Os cinco ministros da turma estão decidindo se Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá, investigação no âmbito da operação Lava Jato no Paraná.
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram para declarar a suspeição e anular o processo do tríplex.
O julgamento da suspeição começou em 2018. Na ocasião, Mendes pediu mais tempo para análise.
Defesa de Lula
A defesa de Lula usa como argumento para apontar a suspeição o fato de Moro ter recebido e aceitado convite para integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro, como ministro da Justiça.
Para os advogados, isso revela que ele teria agido durante todo o processo com motivação política.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil