Um grupo de mulheres que estiveram detidas por envolvimento nos ataques aos edifícios dos Três Poderes em 8 de janeiro celebra sua libertação em um vídeo que circula nas redes sociais. Vestindo tornozeleiras eletrônicas e erguendo taças, essas apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PL) executam uma coreografia enquanto entoam uma música criada por elas mesmas.
Na composição, elas afirmam que a prisão foi realizada de forma ilegal e contrária aos princípios fundamentais da Constituição Federal, declarando também o término do período passado na “Colmeia”, fazendo referência à Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
A letra proclama: “Viva, família! Estamos retornando! Nossa estada na Colmeia está chegando ao fim. Nossa detenção foi injusta, violando os alicerces da CF nacional. Olê, olê, olê, olê. Fui para a Colmeia, por mim e por você. Olê, olê, olê, olê. Voltei para casa, para a verdade resplandecer.”
No dia 7 de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a libertação de 90 indivíduos detidos por participação nos atos de caráter golpista ocorridos em 8 de janeiro, entre os quais havia 37 mulheres e 53 homens.
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As prisões foram substituídas por medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a redes sociais, revogação de passaportes, retirada do porte de armas e a obrigação de comparecer semanalmente perante a Justiça. Em uma nova decisão no dia seguinte, 8 de maio, Alexandre de Moraes determinou a liberação de mais 72 detentos, sendo 25 mulheres e 47 homens.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) comunicou que recebeu as determinações do ministro na noite de segunda-feira, e todas as solturas foram efetivadas até a manhã do dia 9 de maio, quarta-feira. Leia mais no UOL
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