Os enfermeiros do Brasil aprovaram o calendário de mobilizações e protestam por piso salarial, a partir de hoje (16) no Brasil. O objetivo é, além de pressionar o governo, conscientizar a população.
Em entrevista ao Correio Braziliense, a presidente do SindEnfermeiro-DF, Dayse Amarílio, falou sobre os apagões e paralisações em postos de vacinação.
Assim como em hospitais e unidades de saúde por melhores condições de trabalho para profissionais da enfermagem.
“Queremos dizer aos habitantes que a população não será prejudicada, mas precisamos que estejam do nosso lado nessa hora. Nosso maior objetivo é mostrar que investir na enfermagem é investir na própria sociedade, é investir no SUS para todos”, diz a presidente.
Nesse sentido, os enfermeiros protestam para pressionar o governo para a aprovação do projeto de Lei nº 2564/2020, que determina um piso salarial para enfermeiros, técnicos e assistentes, além de determinar uma jornada de 30 horas semanais.
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Piso salarial
Segundo Dayse, desde que a categoria existe, antes mesmo da regulamentação da profissão em 1986, a enfermagem briga por um piso salarial que nunca foi definido.
“Nós não temos um piso salarial garantido por lei. Isso é negociado com patrões por convenções ou acordos coletivos. Há uma grande discrepância no território nacional também em relação às formas de contratação, onde muitas vezes não há segurança garantida”, explica.
Além disso, ela reforça a necessidade dos protestos. Ela disse que é importante lembrar que a enfermagem nunca quis e não quer parar.
“É um absurdo a gente precisar fazer uma mobilização na pandemia por uma luta que nunca parou. Existem projetos tramitando na Câmara há mais de 20 anos. Então achamos um absurdo termos que gastar energia com uma mobilização enquanto já gastamos tanto combatendo a pandemia”, lembra.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozembom/EBC