Comandante Militar da Amazônia, de 2011 a 2014, o general Eduardo Villas Bôas, um dos militares mais ativos do governo Bolsonaro, quando chefe do CMA, em Manaus, guardava um olhar muito distante da região.
Sua preocupação era espionar a rotina da então presidente Dilma Rousseff, que anos depois viria a ser afastada pelo Congresso.
A revelação está no livro “Tchau, Querida — O Diário do Impeachment ”, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A obra começou a ser escrita quando ele foi preso por corrupção em 2016.
O livro vai ser publicado na semana que vem, no dia 17.
Mas a revista Veja, em sua principal reportagem da semana, com o título “Diário de uma vingança”, antecipou alguns detalhes do que virá na publicação.
Sobre a espionagem feita por Villas Bôas, de Manaus, a Veja diz:
“Um dos mais surpreendentes trechos de Tchau, Querida aborda a relação das Forças Armadas com Dilma. À essa altura, Cunha levanta uma grave suspeita sobre o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Em uma viagem em companhia do militar à Amazônia, o ex-deputado chegou à conclusão de que o general recebia informações sobre cada passo da petista. ‘Ele demonstrava conhecer a rotina do palácio com uma desenvoltura que não seria possível sem fontes internas (…). A conclusão a que eu cheguei era que Dilma não sabia, mas era vigiada o tempo todo dentro do palácio. Até visitas que recebia, telefonemas a que atendia, tudo era do conhecimento dos militares'”, diz um trecho da reportagem.
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Foto: Divulgação/PR