Entidade representativa dos ianomâmis não quer a presença de senador defensor de garimpeiros em suas terras, sem comunicação prévia.
O motivo da revolta da Urihi Associação Ianomâmi, associação que representa 150 indígenas da etnia, foi a visita realizada pelo senador Chico Rodrigues na segunda-feira de carnaval (20/2), sem ter comunicado à Funai.
A informação é da jornalista Iara Vidal publicada no portal da revista Fórum .
De acordo com a matéria, a associação pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o senador Chico Rodrigues seja impedido de entrar sozinho na Terra Indígena.
O parlamentar preside a Comissão criada no Senado para acompanhar a crise humanitária da região.
A Urihi Associação Ianomâmi, presidida por Júnior Hekurari Ianomâmi, chefe do Conselho Distrital de Saúde Indígena Ianomâmi e Ye’kwana (Condisi-YY), protocolou na sexta-feira (24/2) o pedido à Suprema Corte.
Agora, a associação aguarda a designação do ministro relator do caso.
Segundo a Urihi, a ida do senador à região foi conflituosa, pois os Ianomâmis sabem que Chico “é um contumaz defensor dos garimpeiros que tanto mal fizeram ao povo ianomâmi e, naquela ocasião, sem os demais parlamentares, o povo diretamente atingindo não tinham a quem falar”.
Chico foi em um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), visitou o pelotão do Exército e o posto de Surucucu, onde indígenas doentes são atendidos.
A Comissão Temporária sobre a Situação dos Ianomâmi foi instalada no dia 15 de fevereiro e é composta por Chico, os senadores Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos), ambos de Roraima, Elizane Gama (PSD), do Maranhão e Humberto Costa (PT) de Pernambuco.
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
