A Corte Especial Administrativa do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) decidiu, de forma unânime, iniciar um processo administrativo disciplinar contra o juiz Eduardo Appio, que estava afastado desde maio de suas funções na 13ª Vara Federal de Curitiba.
A decisão também determinou que o magistrado permaneça afastado da Operação Lava-Jato até o julgamento do processo, estabelecendo um prazo de 140 dias, sujeito a antecipação ou prorrogação conforme o caso.
A votação da Corte resultou em 17 votos a favor do afastamento e dois votos contrários. A 13ª Vara Federal de Curitiba é responsável por processos criminais relacionados à Operação Lava-Jato, um dos maiores casos de combate à corrupção no país.
O juiz Eduardo Appio enfrenta acusações graves, sendo suspeito de ter realizado uma ligação intimidatória para o filho de um desembargador, Marcelo Malucelli, em abril.
A ligação ocorreu logo após Malucelli ter participado de um julgamento disciplinar envolvendo Appio. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) também classificou a conduta do juiz como “gravíssima” e negou o pedido de retorno às suas funções na 13ª Vara Federal de Curitiba.
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A defesa de Eduardo Appio contesta as acusações, alegando que há inconsistências no laudo da Polícia Federal (PF), o qual apontou Appio como o autor da voz na ligação.
O juiz ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
O UOL procurou a defesa do juiz para obter comentários sobre o processo, porém, até o momento, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.
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