Senador de Goiás lamenta ADI de Amazonino contra convalidação

Senadores de outros estados não escondem o problema político que a ADI (ação direta de inconstitucionalidade) movida em fevereiro pelo governador Amazonino Mendes (PDT), contra a convalidação de incentivos fiscais por outra unidades da federação, criou para aos parlamentares amazonenses no Congresso. Ontem, na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que tratou […]

20/06/2018 07:15

Senadores de outros estados não escondem o problema político que a ADI (ação direta de inconstitucionalidade) movida em fevereiro pelo governador Amazonino Mendes (PDT), contra a convalidação de incentivos fiscais por outra unidades da federação, criou para aos parlamentares amazonenses no Congresso.

Ontem, na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que tratou do decreto do presidente da República, Michel Temer (MDB), que fere de morte o polo de concentrados da Zona Franca de Manaus (ZFM), o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) cobrou a fatura pela ação de Amazonino.

Ele lembrou que Goiás votou pela prorrogação da ZFM, mas que, “às vezes, o pessoal do Amazonas não tem sido bondoso” com eles.

“Eu acredito que vão retirar a ADI”, cutucou.

Posição contrária aos incentivos

Depois de ouvir na audiência pública da CCJ do Senado a nutricionista Ana Paula Bortoletto, da Universidade de São Paulo (USP), Caiado, que é médico, se posicionou contra incentivos a produtores de bebidas adoçadas, como refrigerantes.

“A política não pode ser numa via única. Esta política de oferecer incentivo e crédito ao brasileiro a preço menor, estimulando o consumo de refrigerante, está levando o país à obesidade e ao diabetes. Não vejo como aceitável ou admissível em algo que prejudica o consumidor”, disse.

No arremate da sua fala, o senador disse cobrou novamente a fatura do apoio à ZFM dizendo “ter defendido sempre incentivos para Manaus e Amazonas”.