O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a Operação Lava Jato “apoiou a eleição de Jair Bolsonaro”, “tentou interferir” no resultado eleitoral e “agiu para perturbar o país” durante a gestão de Michel Temer.
O assunto foi apresentado em entrevista, nesta segunda-feira (15), à BBC News Brasil, e apresentada pelo site Yahoo!notícias.
Segundo Gilmar Mendes, a operação agiu perto de liberar para julgamento a ação em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede a anulação da sua condenação no caso do Tríplex do Guarujá
Ainda mais, Gilmar Mendes afirmou também que o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro “fez tudo o que não condiz” com o que se espera da relação entre juiz e Ministério Público numa investigação criminal.
Condenação
Na matéria de Nathalia Passarinho, Moro foi o primeiro a condenar Lula, em 2017, no processo em que o ex-presidente é acusado de ter recebido a propriedade de um tríplex no Guarujá.
O imóvel seria oferta da empreiteira OAS a Lula como parte de propina em troca de contratos da empresa com a Petrobras.
Bem como, depois a condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Eleição
Por outro lado, “a Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral”, disse Mendes à BBC News Brasil.
Gilmar Mendes, destacou ainda que primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula.
“Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, exemplificou o ministro.
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Foto: Marcello Casal Jr /AgBr