Integrantes do “Cirão da Massa”, movimento que se tornou no país a maior força popular em apoio à candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, lançaram ontem à noite, na sede da legenda, o nome do deputado federal Hissa Abrahão como candidato ao Senado.
A informação circula desde ontem no grupo de WhatsApp do PDT e traz até a foto que seria do apoio de Ciro Gomes.
A candidatura impõe um novo constrangimento ao governador Amazonino Mendes (PDT), pré-candidato à reeleição, que já apresentou o delegado federal Wesley Aguiar, como opção da legenda ao cargo, e estaria em busca do deputado federal Alfredo Nascimento (PR) para preencher a outra vaga da chapa, que ainda pode ter o senador Eduardo Braga (MDB) correndo por fora.
A decisão dos pedetistas em colocar Hissa na disputa pelo Senado é uma reação à falta de apoio do governador à candidatura à reeleição do deputado.
Isso porque o governador tem trabalhado pelas reeleições dos deputados federais Átila Lins (PP) e Gedeão Amorim (MDB), do seu vice-governador Bosco Saraiva (SD) e poderá ter que acomodar na coligação Marcelo Ramos (PR), que pode ir para esse arco de aliança aumentando ainda mais as forças contra a reeleição a federal de Hissa Abrahão.
Com apoio de Omar
Além de ser uma candidatura contra os planos de Amazonino, Hissa ao Senado poderá aparecer ao lado da campanha do senador Omar Aziz (PSD) ao governo, segundo fizeram circular os aliados do presidente do PDT, ontem à noite.
Confusão
Durante a reunião que colocou o nome de Hissa ao Senado, os pedetistas citaram um desentendimento que teria havido entre o deputado e o governador, em Brasília, na sexta-feira passada.
Os dois teriam pedido respeito um ao outro, após Amazonino ter evitado apertar a mão de Hissa na frente da cúpula nacional do PDT, que teria entrado como “deixa disso”.
O clima hostil ainda era rescaldo da decisão tomada dias antes pelo PDT-AM, de lançar dois candidatos a governador para obrigar Amazonino a ter que defender sua candidatura ao cargo internamente, apesar dele ser o candidato natural do partido ao posto.
Essa decisão contou com apoio de Hissa Abrahão, que presidiu a reunião e não fez esforço para demover as duas candidaturas, consideradas ilegais , depois, pelo vice-presidente da sigla, Stones Machado.
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