O programa ‘Prosseguir’ encerra no próximo 12 de junho o prazo para que os jovens universitários negros de Manaus façam sua inscrição para concorrer uma bolsa de estudos no valor de R$ 700/mês.
Os contemplados vão receber, além do apoio financeiro, aulas de inglês, participarão de encontros formativos duas vezes ao mês e farão parte de uma rede com jovens negros das outras regiões onde o programa está implantado.
O projeto também inclui atividades que fortalecem capacidades para liderança e discussões sobre relações raciais, direitos humanos e mundo do trabalho.
Pela primeira vez na região Norte, o Prosseguir é desenvolvido pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e patrocinado pelo Movimento pela Equidade Racial (MOVER).
Além de beneficiar 30 estudantes pretos e pardos de Manaus, o Prosseguir Norte também concederá outras 30 bolsas para os universitários negros de Belém (Pará).
As inscrições devem ser feitas por meio do site (prosseguir.ceert.org.br ).
Em Manaus, o Prosseguir conta com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e, em Belém, a parceria vem da Universidade Federal do Pará (UFPA), e organizações que atuam na região, como o Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa).
De acordo com Daniel Bento Teixeira, diretor-executivo do CEERT, “a escolha de Manaus e Belém é estratégica para que a juventude negra participe de forma qualificada dos projetos sobre bioeconomia na região”.
O Amazonas possui 21 instituições de ensino superior e o Pará, 35 faculdades. Mas no Brasil, apenas 18% de jovens negros de 18 a 24 anos estão cursando uma universidade, segundo o estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2020. Entre os jovens brancos, o número é de 36%.
Sobre o Prosseguir
Desde 2019, o Prosseguir vem impactando positivamente a vida de centenas de jovens negros em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Além da bolsa que garante o apoio financeiro ao estudante, o programa também atua com formação em liderança, projetos de vida, mentoria, curso de inglês, diálogos sobre a pauta racial e a formação de uma rede de apoio aos universitários.
Desde sua primeira edição, o programa recebeu mais de 8.500 inscrições e foram oferecidas 250 vagas.
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Foto: Divulgação